Um avião que decolou de Buenos Aires, na Argentina, e seguia para Madri, na Espanha, desviou a rota e pousou no Aeroporto de Natal na noite desta quinta-feira (7), durante uma emergência em saúde com um dos passageiros, um espanhol de 72 anos. O homem morreu.
O voo era realizado por um avião modelo Boeing 787 Dreamliner e seguiu com viagem à Espanha após a ocorrência.
Em nota, a Zurich Airport Brasil, administradora do terminal potiguar, disse que o avião informou emergência médica de passageiro em voo e solicitou pouso em Natal. O pouso ocorreu por volta de 19h.
A administradora informou que o passageiro entrou em parada cardiorrespiratória dentro do avião, segundo o relatório operacional, e que “foi realizado procedimento de reanimação ainda na aeronave pelos médicos a bordo”.
Segundo o coordenador do Samu Natal, Cláudio Macêdo, o serviço de saúde do aeroporto não contava com um médico, nesta quinta-feira (7) e, por isso, o terminal acionou o Samu RN. Porém, o serviço estava com as UTIs móveis ocupadas em outros atendimentos e pediu auxílio do Samu Natal.
“O aeroporto tem que ter uma unidade de suporte avançado lá, dentro da unidade, mas não tinha médico ontem. A UTI do SAMU Natal chegou a ir até a entrada do aeroporto, mas as pessoas que estavam disseram que o paciente já estava em óbito há mais de vinte minutos”, afirmou o coordenador.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública e a coordenação do Samu RN esclareceram com a chegada da equipe foi “sabido que o passageiro tinha vindo a óbito ainda dentro da aeronave, fato confirmado em solo, o que sustou o atendimento do Samu”.
A Zurich Airport Brasil informou que não existe nenhuma normativa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que obrigue o Aeroporto Internacional de Natal em manter médico 24 horas.
Em nota, a Anac informou que dentro das especificações de segurança operacional definidas pelo Regulamento Brasileiro da Aviação Civil, um aeroporto com capacidade operacional entre 1 e 5 milhões de passageiros por ano, como é o de Natal, “tem a obrigação de dispor de ao menos uma ambulância, com tripulação mínima que atenda às normas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.
O g1 procurou o Ministério da Saúde e a Anvisa sobre qual é essa tripulação mínima, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria.
“Também é importante esclarecer que o regulamento estabelece ainda que aeródromos desta classe devem contar com hospitais e postos de atendimento médico disponíveis na localidade para atendimento a feridos provenientes de emergências aeroportuárias em um raio de 8 km do aeroporto, exceto quando especificamente apontado pela operadora aeroportuária”, completou a nota da Anac.
A empresa que administra o aeroporto também informou que conta com uma ambulância, que estava posicionada no pátio no momento do pouso. “Tão logo ocorreu o pouso a equipe de socorro do aeroporto realizou o protocolo de atendimento indicado para estes casos, buscando reanimar o passageiro. Mas não houve êxito”, informou.
“Também é importante esclarecer que o regulamento estabelece ainda que aeródromos desta classe devem contar com hospitais e postos de atendimento médico disponíveis na localidade para atendimento a feridos provenientes de emergências aeroportuárias em um raio de 8 km do aeroporto, exceto quando especificamente apontado pela operadora aeroportuária”, completou a nota da Anac.
A empresa que administra o aeroporto também informou que conta com uma ambulância, que estava posicionada no pátio no momento do pouso. “Tão logo ocorreu o pouso a equipe de socorro do aeroporto realizou o protocolo de atendimento indicado para estes casos, buscando reanimar o passageiro. Mas não houve êxito”, informou.
G1RN