Os policiais civis do Rio Grande do Norte decidiram nesta quinta-feira (25) encerrar a greve que havia sido iniciada na terça-feira (23). Os servidores aceitaram proposta do governo do RN após uma nova rodada de negociação.
Com isso, o Sindicato de Policiais Civis do RN (Sinpol) informou que a partir desta sexta (25) as delegacias do estado vão funcionar no expediente normal. As delegacias de Plantão das zonas Sul e Norte, segundo o Sinpol, vão retornar durante a noite desta quinta (25).
O Sinpol, no entanto, disse que as diárias operacionais de serviço extraordinário “seguirão paralisadas até que acordo com o Executivo seja concretizado e assinado”. Isso, segundo o presidente do Sinpol, Nilton Arruda, prejudica as delegacias regionais espalhadas pelo estado.
Desde o início da negociação, os policiais civis buscavam uma proposta de reajuste salarial de 10%. O acordo fechado com o governo foi, em média, de 9% de reajuste para os policiais antigos e de 6% para os que entraram nas novas turmas.
“A proposta coloca um percentual médio de 7% nas classes policiais”, explicou o presidente do Sinpol, Nilton Arruda.
O acordo foi fechado após uma reunião com o secretário de Segurança e Defesa Social do RN, Coronel Francisco Araújo, e com outros representantes do governo. À tarde, a categoria aceitou a proposta em assembleia.
O retorno também foi condicionado à uma promessa da implantação do auxílio-alimentação.
“Todas as categorias de segurança recebem auxílio-alimentação. A única que não recebe é a Polícia Civil. E a gente vai querer um tratamento igual pra poder aceitar essa tabela que nos foi acertada hoje”, disse Nilton. .
Durante os dias de greve, as delegacias do Rio Grande do Norte ficaram fechadas, tendo sido abertas apenas algumas delegacias de plantão.
A Justiça do Rio Grande do Norte havia determinado na quarta (24) o retorno imediato dos policiais civis, após pedido do Ministério Público. O direito de greve por parte da Polícia Civil ou de profissionais de qualquer carreira policial é inconstitucional, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2017.
G1RN