Apesar da previsão de redução de câncer de pulmão, principalmente nos homens, entre 30 e 69 anos, com uma diminuição de 28% na probabilidade de mortalidade prematura por câncer de pulmão no Brasil, no período de 2026 a 2030, a doença ainda é a de maior mortalidade e requer alertas nos cuidados e diagnóstico. Especialmente porque no Rio Grande do Norte, ele é o 4° câncer que mais atinge as pessoas, com cerca de 500 novos casos registrados em 2023.
Para aumentar a divulgação das medidas que podem prevenir ou aumentar as chances de cura, o mês da conscientização sobre o câncer de pulmão, Agosto Branco, enfatiza os cuidados com a própria saúde, a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e dos avanços no tratamento da doença.
“Fumantes, comparados aos não fumantes, apresentam risco dez vezes maior ter câncer de pulmão, a probabilidade de ter infarto é cinco vezes maior, assim como de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar e o risco de ter derrame cerebral é duas vezes maior”, disse a pasta.
Oncologista explica que tabagismo é a principal causa| Foto: Divulgação
Segundo a médica, a principal causa do câncer de pulmão é o tabagismo, responsável por cerca de 85% dos casos. No entanto, é importante destacar que não fumantes também podem desenvolver a doença. Outros fatores também devem ser destacados, como a poluição e exposição ocupacional.
“Depois do hábito de fumar, o gás radônio se destaca como uma das principais causas para a doença, logo depois vem a exposição ocupacional [ao cigarro]”, adverte.
A oncologista ratifica que o Agosto Branco é importante para reforça a busca pelo diagnóstico precoce. De acordo com ela, a campanha pode alertar ainda mais a cessão do tabagismo e também ao exame de tomografia de tórax de baixa dose nos pacientes que já são tabagistas ou que foram por longas datas. “É um alerta para procurarem o seu epidemiologista ou até mesmo o um oncologista para fazer os exames de rastreio para tentar o diagnóstico precoce, pois é uma doença muito agressiva”, afirma.
Para um tratamento bem sucedido, continua a especialista, é necessário um conjunto de fatores. Isso inclui a equipe multidisciplinar como cirurgião torácico, radioterapeuta, oncologista, equipe de cuidados paliativos e a parte de enfermagem. “É importante que o grupo esteja unido para tomar as decisões em prol do paciente e na adequada condução do seu tratamento”, finaliza.
TRIBUNA DO NORTE