A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (12) no Rio Grande do Norte uma operação para investigar um grupo de advogados e tabeliães suspeitos de falsificar documentos para conseguir sacar dinheiro de contas bancárias de pessoas falecidas (entenda mais abaixo como funcionava o esquema).
Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços vinculados a uma organização criminosa do estado. As ações aconteceram em cinco cidades: Natal, Parnamirim, Ielmo Marinho, Lagoa de Velhos e Japi.
De acordo com a Polícia Civil, a estimativa é de que os golpes tenham causado prejuízos superiores a R$ 4 milhões às famílias das vítimas.
Por conta da investigação, a Justiça bloqueou R$ 4 milhões em bens e nas contas dos investigados, além de expedir oito mandados de monitoração eletrônica contra eles.
A polícia informou ainda que apreendeu veículos na operação desta quinta-feira (12), mas não informou a quantidade.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos públicos.
A Ordem dos Advogados do Brasil do RN informou que não foi notificada sobre a operação desta quinta, como geralmente ocorre nos cumprimentos de mandados contra advogados, como determina o Estatuto da Advocacia. A Polícia Civil não informou se os mandados foram cumpridos em escritórios ou casas dos advogados.
Segundo a Polícia Civil, o esquema funcionava da seguinte forma:
A operação foi denominada de Falsus Heres – em alusão a “falso herdeiro” – e foi realizada pela Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações de Natal em conjunto com a 34ª Delegacia de Polícia de São Tomé e outras delegacias especializadas da Grande Natal.
G1RN