Barragem de Oiticica e adutoras do Projeto Seridó são essenciais para garantir água potável a milhares de potiguares
O governador em exercício Walter Alves e o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Paulo Varela, discutiram na manhã desta segunda-feira (27) dois dos mais relevantes projetos hídricos do Rio Grande do Norte: a barragem de Oiticica e o Projeto Seridó. Ambas as iniciativas têm como objetivo combater os efeitos da seca e garantir o acesso à água potável para a população.
Walter Alves assumiu interinamente o governo em virtude de uma viagem internacional da governadora Fátima Bezerra. De acordo com ele, a chefe do Poder Executivo tem dado prioridade total para as obras que combatem os efeitos da estiagem.
“O Governo do Estado, sob comando da governadora Fátima Bezerra, soma esforços na continuidade de projetos importantes para a segurança hídrica do Rio Grande do Norte, essenciais para garantir o acesso à água potável para a população, bem como para incentivar e manter várias atividades econômicas”, disse o governador em exercício.
A barragem de Oiticica beneficiará diretamente 330 mil habitantes e indiretamente toda a população do vale do rio Piranhas Açu. Além disso, terá capacidade para abastecer até 2 milhões de pessoas e promover a irrigação de 10 mil hectares.
Atualmente, a obra encontra-se com 93,27% do cronograma concluído. O investimento total é de R$ 750,9 milhões, com recursos federais e estaduais. O Complexo Oiticica compreende a construção da barragem principal e dos barramentos auxiliares (I e II), o reassentamento da comunidade de Barra de Santana e agrovilas, bem como todas as medidas complementares (licenciamento ambiental, resgate arqueológico, supressão vegetal, entre outras).
Já o Projeto Seridó prevê a construção de seis sistemas adutores divididos em dois eixos (Norte e Sul), cada um separado em cinco etapas, cujo objetivo será garantir água para as populações de 24 cidades que integram a região do Seridó Potiguar.
Ao final da construção serão beneficiados os municípios de Acari, Bodó, Cerro Corá, Carnaúba dos Dantas, Caicó, Cruzeta, Currais Novos, Equador, Florânia, Ipueira, Jardim de Piranhas, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lagoa Nova, Ouro Branco, Parelhas, São Fernando, São Vicente, São João do Sabugi, São José do Seridó, Santana do Seridó, Serra Negra do Norte, Timbaúba dos Batistas e Tenente Laurentino Cruz.
Inicialmente serão investidos R$ 294,4 milhões para a construção dos trechos 1, 2, 3 e 4, que abrangem 113 quilômetros de adutoras, uma estação de bombeamento, quatro estações elevatórias e uma estação de tratamento de água. Essa primeira etapa beneficiará cerca de 165 mil pessoas nas cidades de Acari, Bodó, Caicó, Cerro Corá, Cruzeta, Currais Novos, Florânia, Jucurutu, Lagoa Nova e São Vicente.
Outros projetos
Além dessas duas ações prioritárias, Walter Alves e Paulo Varela também analisaram a situação de outros projetos que estão sob a responsabilidade da Semarh, como o Programa Água Doce, a construção do Sistema Adutor do Agreste Potiguar e o Ramal Apodi do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF).
O Ramal citado vai conduzir as águas do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco a 54 municípios no Nordeste, sendo 32 no Rio Grande do Norte; 13 na Paraíba; e 9 no Ceará. Ao todo, essa obra beneficiará aproximadamente 750 mil pessoas.
O Apodi é o trecho final do Eixo Norte do PISF e terá um total de 115,3 quilômetros de extensão. A água será transportada por gravidade a partir do Reservatório Caiçara, na Paraíba, até o Reservatório Angicos, já no Rio Grande do Norte. A vazão será de 40 metros cúbicos (m³) por segundo até o quilômetro 26, de onde deriva o Ramal do Salgado, que levará a água para o estado do Ceará.
Após esse ponto, a vazão será de 20 m³ por segundo. Toda a infraestrutura contará ainda com três áreas de controle, 23 trechos de canais, com extensão de 96,7 quilômetros, sete aquedutos, oito rápidos e um túnel.
Assecom-RN