Com expectativa de movimentar R$ 1,5 milhão, começou nesta quinta-feira (08) e vai até 08 de julho, a tradicional Feira do Milho, com apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf), do Sebrae/RN e do Mercado Central da Agricultura Familiar. Este ano, a feira foi montada em um terreno do Centro Administrativo, às margens da BR-101, próximo à Arena das Dunas, mais espaçoso, com ampla área de estacionamento e melhor acesso se comparado com o antigo local, na esquina da Jaguarari com a Mor Gouveia.
"Mudar o local da feira foi uma decisão colegiada, tomada em sintonia com os produtores, levando em conta o acesso e a amplitude do espaço", disse a coordenadora de Mercado da Agricultura Familiar, Suerda Soares. "No local em que era realizada havia uma série de dificuldades de logística para o desembarque do produto, transportado em caminhões; de falta de estacionamento para os consumidores. Este local é de fácil acesso, com grande fluxo de carros passando na BR, o que dá mais visibilidade à feira", complementou Emerson Cenzi, coordenador de Acesso a Mercados, Agroindústria e Cooperativismo da Sedraf.
O milho vendido na feira vem de vários polos produtores no Rio Grande do Norte: Touros, São José de Mipibu, Vera Cruz, Pedro Velho, Santa Maria, São Paulo do Potengi e Ipanguaçu. O da barraca dos agricultores familiares Edinho Soares e Tiago Alexandre de Oliveira é oriundo da Vila Assis, em Touros, área de reforma agrária implantada na década de 1970 pelo então governador Cortez Pereira. Eles trabalham com irrigação e variedades com ciclo produtivo em torno de 65 dias.
Por se tratar de um feriado (Corpus Christi), os produtores só ocuparam metade das 15 barracas montadas, mas a partir de amanhã esse número será bem maior. Também a partir de amanhã, além do milho em espigas, haverá barracas de comidas típicas das festas juninas. O preço da "mão" (50 espigas) varia de R$ 30 a R$ 40. No "retalho" são seis espigas por cinco reais. O horário de funcionamento vai das 6h00 às 20h00, podendo se estender até 22 horas na semana do Dia de São João.
"O governo do RN vem construindo políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar, que produz alimentos saudáveis para nossa sociedade, que põe comida na mesa do povo potiguar, do Nordeste e do Brasil. A Feira do Milho é uma tradição que tem apoio do governo do Estado, em parceria com o Sebrae/RN e com o Mercado da Agricultura Familiar. Ao consumir esses produtos, estamos fortalecendo e resgatando as tradições dos festejos juninos, que têm tudo a ver com agricultura familiar", enfatizou o secretário da Sedraf, Alexandre Lima.
Em reunião com dirigentes da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Fetraf-RN), na quarta-feira (07), a governadora Fátima Bezerra assegurou a continuidade e a ampliação dos programas de apoio ao setor.
"Nosso compromisso com o desenvolvimento rural é prioridade. Desde 2019, quando criamos a Sedraf, vimos definindo e estabelecendo políticas públicas para as famílias do campo. Recentemente, junto ao Ministério do Desenvolvimento Social, conseguimos recursos no valor de R$ 11,5 milhões, para incluir mais 2.500 famílias ao Programa Agroecológico Potiguar", afirmou a.governadora.
Cultura do milho
O milho já era cultivado no Brasil antes da chegada do desembarque de Pedro Álvares Cabral, na Bahia, em 1500. Aos poucos foi se incorporando a dieta dos colonizadores. Com o passar do tempo foram aparecendo novos pratos à base do cereal, que hoje é um dos principais itens da mesa do nordestino: cuscuz, mingau, xerém, mungunzá, canjica, pamonha, pipoca, polenta, bolo, pão, geleia, sorvete etc. O milho também está na composição de outros produtos industriais, como óleo de cozinha, bebidas alcoólicas e combustível.
Por suas qualidades nutricionais, é utilizado em larga escala no Brasil como alimento para humanos e ração animal. Além de fibras, o grão tem vitaminas (B e complexo A), sais naturais, açúcares e gorduras.
ASSECOM/RN