O suspeito de matar o ativista cultural João Batista de Lima, de 63 anos, durante um assalto foi preso nesta terça-feira (5) na praia de Búzios, no município de Nísia Floresta, na Grande Natal. O suspeito tem 35 anos de idade.
Joka, como é mais conhecido o ativista cultural, foi morto a tiros durante um assalto na praia de Pirangi, em Parnamirim, também na Região Metropolitana de Natal, no dia 5 de fevereiro – há exatamente um mês.
A prisão foi realizada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Parnamirim (DHPP Parnamirim), que investiga o caso. O suspeito foi localizado e preso em um “local ermo”, segundo a Polícia Civil.
O suspeito tinha em posse um simulacro de arma de fogo quando foi detido. Ele foi conduzido para a Delegacia de Plantão de Parnamirim após a prisão.
Joka era proprietário da Tapiocaria da Vó, restaurante e ponto de memória rendeiras da Vila de Ponta Negra.
Joka foi morto a tiros durante um assalto na madrugada de 5 de fevereiro. De acordo com a Polícia Militar, Joka estava na praia de Pirangi acompanhado da namorada quando foi abordado por um criminoso que chegou ao local a pé e anunciou o assalto.
De acordo com o relato da namorada, Joka se levantou e, neste momento, foi alvejado. Ele levou pelo menos três tiros, segundo a PM.
O criminoso roubou uma quantia de R$ 100 e dois aparelhos celulares e fugiu. A mulher pediu ajuda em um condomínio que fica próximo ao local do crime e acionou a PM o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).
Ao chegar ao local, o Samu constatou a morte. Ainda segundo informações da Polícia Militar, a mulher informou que o casal estava no local para pescar.
Joka era proprietário da Tapiocaria da Vó, restaurante e ponto de memória rendeiras da Vila de Ponta Negra. O local era conhecido por manter viva a cultura do bairro e valorizar a música e a arte potiguar.
A Prefeitura do Natal, através da Secretaria de Cultura de Natal (Secult-Funcarte), emitiu nota de pesar pela morte de Joka.
João Batista de Lima, conhecido como Joka, era dono da Tapioca da Vó na Vila de Ponta Negra — Foto: Tribuna do Norte
“Joka da Tapiocaria da Vó, como era conhecido no meio cultural, lutou pela valorização e memória das rendeiras do território criativo da Vila de Ponta Negra”, disse a nota.
“Todos que fazem a cultura do RN estão de luto com a morte de Joka”, completou.
G1RN