Um pedaço de madeira foi o suficiente para policiais da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur) elucidarem nesta segunda-feira (13) um crime ocorrido em 2020 no município de Taipu, no interior do Rio Grande do Norte.
Na oportunidade, vacas e touros de raça avaliados em R$ 72 mil foram furtados de uma fazenda. Sem imagens de câmeras de segurança ou testemunhas, o único resquício do crime havia sido um pedaço de madeira que caiu no terreno durante a ação.
A Defur, portanto, passou a usar o elemento como chave no caso, acreditando que ele fizesse parte do caminhão. Havia ainda marcas dos pneus do caminhão no terreno.
Durante a investigação, os policiais civis encontraram um caminhão em uma oficina na avenida Moema Tinoco, na Zona Norte de Natal. E nele faltava exatamente o mesmo pedaço encontrado no terreno do furto dos animais. O caminhão pertencia a um suspeito, mas foi deixado por outro na oficina.
Pedaço da madeira que caiu do caminhão encaixou perfeitamente — Foto: Divulgação
"No local, haviam deixado apenas um pedaço de madeira, que acreditávamos ser do caminhão boiadeiro que foi utilizado para subtrair os animais. Não tinha câmeras, testemunhas, qualquer outro elemento de provas", explicou a delegada titular da Defur, Danielle Filgueira.
"Os policiais civis, passado alguns meses de investigação, localizaram esse veículo na Avenida Moema Tinôco, na Zona Norte de Natal, faltando exatamente o pedaço que tínhamos. Esse pedaço que foi localizado no local do crime encaixava perfeitamente no veículo encontrado na Zona Norte"
A investigação então revelou, por meio de análises técnicas e periciais e depoimentos de testemunhas, que os dois os suspeitos estavam na região da fazenda, em Taipu, na época do crime.
"Após perícia, provas técnicas e intensa investigação, nós conseguimos colocar os dois de forma técnica na cena do crime, razão pela qual os dois foram indiciados pelo delito de furto e estão à disposição da Justiça", pontou a delegada.
Caminhão usado no crime em Taipu foi encontrado na Zona Norte de Natal — Foto: Divulgação
As análises dos celulares dos suspeitos também apontou que os dois negociavam armas de fogo e um deles era traficante de drogas - esse também já responde pelo crime de homicídio.
As investigações do furto foram concluídas e o Inquérito Policial remetido à Justiça. Como não há mandado de prisão expedido, os dois suspeitos estão em liberdade.
Fonte: g1 RN