A Justiça condenou a 18 anos e seis meses de prisão o homem que matou, decapitou e jogou a cabeça da adolescente trans, Ester Gomes da Silva, em um cacimbão. Bruno Alysson Souza de Lima, de 26 anos, foi julgado nesta quinta-feira (06).
De acordo com a Justiça, ele foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e de ocultação de cadáver. A vítima tinha 15 anos à época, em outubro do ano passado.
Parte do corpo foi encontrada na parte de trás da Policlínica Norte, no conjunto Santa Catarina, na zona Norte de Natal, no dia 14 de outubro. Já a cabeça foi localizada em um cacimbão na praia de Genipabu, no município de Extremoz, no dia 4 de novembro.
O julgamento começou na manhã desta quinta-feira e foi encerrado durante a tarde, após algumas horas. O promotor Augusto Azevedo, responsável pela acusação, ressaltou a vasta quantidade provas contra Bruno, que é réu confesso e que apontou onde estaria a cabeça da vítima.
“O convencimento apareceu de todas as partes dos autos, das provas colhidas, no trabalho feito na investigação, inclusive da busca incessante da materialidade, que foram buscar, mergulhando no poço para encontrar a cabeça. Tivemos toda uma estrutura probatória que permite afirmar tudo que afirmamos”, frisou.
Durante as investigações, o condenado chegou a dizer que teria cometido o crime a mando de uma facção criminosa. No entanto, a acusação apontou que a versão era falsa.
“Ele deu várias versões. Que o primo teria sofrido um assalto, outra que seria a mando de facções. Nenhuma se aduna. A gente sabe os malefícios das facções no estado, mas esse daqui não dá para emputar a essa situação a confecção do crime, não é o que aconteceu. O que aconteceu é que ele, no passado, em um relacionamento que teve ainda jovem, se envolveu com uma pessoa, tornou-se soropositivo e transformou dentro de si essa ira, essa coisa forte de querer vingar algum dia”, encerrou.
Ester foi assassinada a facadas no dia 14 de outubro do ano passado. O corpo dela foi encontrado pelo vigia da unidade de saúde, sem a cabeça e sem um dos dedos mínimos. As buscas pela cabeça da jovem durou vários dias.
Militares do Corpo de Bombeiros e das Forças Armadas passaram dias entrando e saindo do cacimbão até a parte do corpo ser localizada.
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