Setores de inteligência do Ministério da Justiça descobriram novas ameaças de ataques aos cinco presídios federais onde estão presos líderes das maiores fações criminosas do Brasil.
Alertas monitorados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) mostram que os planos vão desde sequestro e morte de policiais e autoridades públicas a ataques para recuperar lideranças.
Segundo os boletins, os presídios de Campo Grande (MS) e de Brasília (DF) são os que mais registram ameaças.
É na capital federal que está preso, por exemplo, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como o líder máximo do PCC, condenado a 338 anos de prisão.
Ameaças aos presídios federal não são novidade, porém, têm sido cada vez “mais pesadas”, segundo relato de fontes com acesso aos alertas.
Recentemente, a Inteligência descobriu tanto ameaças pontuais quanto conversas de negociações para ataques em grupos. O material tem sido compartilhado com a Polícia Federal.
Ataques a autoridades
Em abril, a PF deflagrou a Operação Sequaz contra faccionados que planejavam sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, inclusive o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR), o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo, e o delegado da PF Elvis Secco, responsável por prender grandes líderes do crime organizado.
Na ocasião, a Polícia Federal descobriu um cativeiro no Paraná com fundo falso em uma parede para dificultar o resgate. Cerca de 120 policiais federais cumpriram 24 mandados de busca e apreensão, sete de prisão preventiva e quatro de prisão temporária, em Mato Grosso do Sul, no Paraná, em Rondônia e em São Paulo.
CNN Brasil