O preço dos derivados de petróleo no Brasil, a partir da ideia de privatizar a Petrobras e suas subsidiárias, passou a ser regulado pelo valor do barril de petróleo no mercado internacional.
Esta mudança ocorreu em outubro de 2016, após o Congresso Brasileiro derrubar o governo Dilma Rousseff, alegando um crime que não aconteceu. Foi um impeachment político.
Desde então, o preço do combustível brasileiro para o brasileiro passou a ser como se fosse importado, com todas as taxas, de países do oriente médio ou norte-americanos.
O atual presidente, Jair Messias Bolsonaro, manteve este decreto do ex-presidente Michel Temer, e deu início as privatizações das subsidiárias das Petrobras e também das refinarias.
Vendeu o sistema de distribuição de gás por dutos, a distribuidora de combustíveis (BR Distribuidora), assim como colocou à venda 8 das 13 refinarias do Brasil.
A Petrobras vendeu por valores questionáveis ao mercado externo todos os ativos da companhia nas regiões Norte e Nordeste Brasileiro, concentrando seus investimentos apenas no Presal.
Observado por outro ângulo, Pedro Lúcio Góis explica que o Governo Brasileiro entregou a Petrobras ao capital externo, deixando o povo brasileiro refém das intempéries mundo a fora.
Portanto, quando acontece uma guerra como a que ocorre na Ucrânia, o preço do barril de petróleo brent dispara na Bolsa de Nova Yorque, fazendo o mesmo com o preço dos combustíveis no Brasil.
Quando começou a guerra, o preço do barril de petróleo chegou a 120 dólares e mesmo o custo de produção de refino no Brasil tendo se mantido o mesmo, o preço do combustível brasileiro, extraído, refinado e transportado no Brasil, passou a ser vendido no Brasil como se fosse importado.
Esta regra de paridade de importação altamente nociva ao povo Brasileiro, passou a gerar lucros absurdamente altos. Se antes a Petrobras lucrava até 10 bilhões ao ano, após a paridade de importação, lucrou R$ 106 bilhões em 2021. Antes, pelo menos 75% do lucro era reinvestido no Brasil e o restante rateado entre os acionistas majoritários. Desta vez ratearam tudo.
Pedro Lucio estranha que a Petrobras distribuiu entre os acionistas não só lucro, mas também os valores que foram arrecadados com as privatizações das subsidiárias, em movimentações financeiras que só sendo investigadas a fundo se pode entender as razões.