Jornal de Fato
Neste domingo, 27, mais de 33 milhões de eleitores de 51 municípios brasileiros voltam às urnas para votar no segundo turno para prefeito. Entre elas, 15 capitais, incluindo São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS). Natal, a capital potiguar, também vive o segundo turno das eleições (veja reportagem na página 3). As demais 11 capitais encerraram as disputas no primeiro turno.
Só realizam segundo turno os municípios com pelo menos 200 mil eleitores. Nessa etapa, concorrem os dois candidatos a prefeito mais bem votados do primeiro turno, mas que não alcançaram metade dos votos válidos (excluídos votos brancos e nulos).
As atenções estão voltadas para o desempenho do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Analistas políticos afirmam que o pleito municipal é a porta de entrada para o processo da sucessão presidencial, que ocorrerá em 2026.
No primeiro turno, a sigla de Bolsonaro levou dez prefeituras em cidades com mais de 200 mil eleitores — sendo duas capitais, Maceió (AL) e Rio Branco (AC) —, e disputa o segundo turno em outros 23 municípios.
Já o partido de Lula conquistou apenas duas cidades com mais de 200 mil eleitores, com a reeleição das prefeitas de Contagem (MG) e Juiz de Fora (MG). O PT disputará o segundo turno em 13 dessas cidades, incluindo as capitais Porto Alegre (RS), Natal (RN), Cuiabá (MT) e Fortaleza (CE), com confronto direto com o PL nas duas últimas.
A disputa pela Prefeitura de São Paulo também é ponto de maior atenção nas eleições deste domingo. O prefeito Ricardo Nunes, do MDB, apoiado pela direita e partidos de centro, enfrenta Guilherme Boulos, do Psol, que é o candidato apoio pelo presidente Lula.
O maior colégio eleitoral do país tem papel importante nas eleições presidenciais, por isso, houve uma concentração da política de Brasília em torno do segundo turno em São Paulo. As pesquisas mostram uma disputa acirrada, mas com pequena vantagem a favor de Ricardo Nunes.
CIDADES E CANDIDATOS E CANDIDATAS QUE DISPUTAM O 2º TURNO
- Amazonas
Manaus: David Almeida (Avante) e Capitão Alberto Neto (PL)
- Bahia
- Camaçari (BA): Caetano (PT) e Flávio (União)
- Ceará
Fortaleza: André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT)
Caucaia: Naumi Amorim (PSD) e Catanho (PT)
- Espírito Santo
Serra: Weverson Meireles (PDT) e Pablo Muribeca (Republicanos)
- Goiás
Goiânia: Fred Rodrigues (PL) e Mabel (União)
Anápolis: Marcio Correa (PL) e Antonio Gomide (PT)
Aparecida de Goiânia: Leandro Vilela (MDB) e Prof. Alcides (PL)
- Maranhão
Imperatriz: Rildo Amaral (PP) e Mariana Carvalho (Republicanos)
- Mato Grosso
Cuiabá: Abílio (PL) e Lúdio (PT)
- Mato Grosso do Sul
Campo Grande (MS): Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União)
- Minas Gerais
Belo Horizonte: Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD)
Uberaba: Elisa Araújo (PSD) e Tony Carlos (MDB)
- Pará
Belém: Igor (MDB) e Delegado Eder Mauro (PL)
Santarém: Zé Maria Tapajós (MDB) e JK do Povão (PL)
- Paraíba
João Pessoa: Cicero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL)
Campina Grande: Bruno Cunha Lima (União) e Dr. Jhony (PSB)
- Paraná
Ponta Grossa: Mabel Canto (PSDB) e Elizabeth Schmidt (União)
- Curitiba: Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB)
Londrina: Tiago Amaral (OSD) e Professora Maria Tereza (PP)
- Pernambuco
Olinda: Vinicius Castello (PT) e Mirella (PSD)
Paulista: Ramos (PSDB) e Junior Matuto (PSB)
- Rio de Janeiro
Niterói: Rodrigo Neves (PDT) e Carlos Jordy (PL)
Petrópolis: Hugo Hammes (PP) e Yuri (PSOL)
- Rio Grande do Norte
Natal: Paulinho Freire (União) e Natália Bonavides (PT)
- Rio Grande do Sul
Porto Alegre: Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT)
Caxias do Sul: Scalco (PL) e Adiló (PSDB)
Canoas: Airton Souza (PL) e Jairo Jorge (PSD)
Pelotas: Marroni (PT) e Marciano Perondi (PL)
Santa Maria: Valdeci Oliveira (PT) e Rodrigo Decimo (PSDB)
- Rondônia
Porto Velho: Mariana Carvalho (União) e Léo (Podemos)
- São Paulo
Barueri: Beto Piteri (Republicanos) e Gil Arantes (União)
Diadema: Taka Yamauchi (MDB) e Filippi (PT)
Franca: Alexandre Ferreira (MDB) e João Rocha (PL)
Guarujá: Farid Madi (Podemos) e Rapahel Vitello (PP)
Guarulhos: Lucas Sanches (PL) e Elói Pietá (SD)
Jundiaí: Parimoschi (PL) e Gustavo Martinelli (União)
Limeira: Betinho Neves (MDB) e Murilo Félix (Podemos)
Mauá: Marcelo Oliveira (PT) e Atila (União)
Piracicaba: Barjas Negri (PSDB) e Helinho Zanatta (PSD)
Ribeirão Preto: Ricardo Silva (PSD) e Marco Aurélio (NOVO)
Santos: Rogério Santos (Republicanos) e Rosana Valle (PL)
São Bernardo do Campo: Marcelo Lima (Podemos) e Alex Manente (Cidadania)
São José do Rio Preto: Cel. Fabio Candido (PL) e Itamar (MDB)
São José dos Campos: Anderson (PSD) e Eduardo Cury (PL)
São Paulo: Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL)
Sumaré: Henrique do Paraíso (Republicanos) e Willian Souza (PT)
Taboão da Serra: Engenheiro Daniel (União) e Aprigio (Podemos)
Taubaté: Ortiz Junior (Republicano) e Sergio Victor (NOVO)
- Sergipe
Aracaju: Emília Correa (PL) e Luiz Roberto (PDT)
- Tocantins
Palmas: Janad Valcari (PL) e Eduardo Siqueira (Podemos)
Horário de votação será unificado
Mais uma vez, o horário de votação será unificado. Assim como no primeiro turno, que ocorreu no último dia 6 de outubro, o horário adotado será o de Brasília, das 8h até as 17h.
Por isso, os eleitores de Campo Grande, Cuiabá, Manaus e Porto Velho, cidades com fusos diferentes dos de Brasília, devem ficar atentos aos horários de votação. Nestas quatro capitais, as urnas ficarão abertas das 7h às 16h, horário local; uma hora antes do horário de Brasília.
A apuração dos votos terá início às 17h, seguindo o fuso da capital federal, logo após o encerramento da votação. No entanto, eleitores que ainda estiverem na fila nesse momento terão o direito de votar.
Esta é a primeira vez que uma eleição municipal é realizada com horário unificado em todo o Brasil. A medida já havia sido aplicada nas eleições gerais de 2022.