A empresa Campina de Comércio de Fogos EIRELLI, responsável pelo galpão que pegou fogo na tarde desta quarta-feira (28), em Parnamirim, não tinha registro, junto ao Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, para armazenar ou fabricar fogos de artifício.
O local era usado como depósito para armazenar fogos de artifício e foi totalmente destruído pelas chamas. Um outro prédio vizinho, também foi atingido, deixando cinco pessoas feridas, duas em estado grave. Uma delas, identificada como Márcio Aurélio da Silva, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele é natural de Pernanbumco e trabalhava no local.
A perícia dos galpões atingidos pelo fogo, já começou a ser realizada. De acordo com o major Cristiano Coceiro, do Corpo de Bombeiros, o trabalho busca identificar se os prédios tinham condições adequadas para abrigar o material e o que teria dado início ao incêndio.
“Não havia nada no nosso sistema que comprovasse a regularização da empresa para armazenar esse tipo de material. A Polícia Civil e o Itep também irão observar os mecanismos que podem ter originado as explosões. São várias informações que irão conter em um único documento”, expicou o major.
Ainda segundo Coceiro, somente a perícia do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN) vai identificar se os prédios possuiam algum equipamento para prevenção e combate a incêndio.
Na manhã desta quinta-feira, parte da estrutura de um galpão, que permanecia de pé e ameaçava cair, teve que ser derrubada para não afetar a estrutura de uma residência vizinha.
De acordo com o delegdo Luiz Lucena, durante depoimento, dois trabalhadores que estavam no local, mas não ficaram feridos, afirmaram que estavam colocando os fogos de artifício dentro de uns canos que seriam transportados para Pirangi, Ponta Negra e Redinha.
“Segundo eles, um caminhão, transportando fogos de artifício teria chegado ao local, vindo de Minas Gerais, mas um saco plástico que envolvia o material, devido a alta temperatura, pegou fogo e deu origem ao incêndo”, disse o delegado.
Ainda de acordo com Lucena, outros quatro funcionários já foram intimados e devem comparecer à delegacia ainda nesta quinta-feira. O proprietário da empresa CCS Fogos também já foi intimado e deverá prestar esclarecimentos.
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